Duvidas? Eu tenho. Muitas.

Estou há 05 dias em Lima, Peru, e já me sinto como parte de uma rotina. Não sei se isso é bom, ou ruim.
Por um lado, creio que sou como um camaleão, me adapto fácil a novos ambientes e culturas. Por outro, me vejo como desapegada ao patriotismo e ao desejo de viver eternamento no Rio, ou no Brasil. Continuo com a ânsia de morar fora por 10, 15 ou até mais anos... Talvez até construir uma família. Quem sabe?!
Mas a principal questão não é essa. É quando te perguntam o que você planeja em seu futuro. Acho que todos os dias reforço o seguinte planejamento: me formar, ser bem sucedida, morar fora;  me formar, ser bem sucedida, morar fora;  me formar, ser bem sucedida, morar fora.
Mas então, surge junto a seguinte duvida: devo construir isso sozinha ou devo me permitir ter alguém para me acompanhar? Como é difícil isto! Nem todo mundo tem os mesmos sonhos, metas. Nem todo mundo pensa como você. Quando estamos juntos com alguém abrimos mão de muitas coisas, e por parte da outra pessoa também acaba se fazendo o mesmo. Se estamos em algo mais sério, tudo passa a ser mais complexo. E será que vale mesmo deixar de viver e fazer algo por outra pessoa? Algo que por mais certo que pareça no momento pode ter sido o mais errado em outro? Quantas perguntas!
Talvez seja mais fácil seguir sozinha, sem me apegar muito. Ou não. Viver momentos inesquecíveis, sem pensar muito no amanhã. "Viver o aqui e o agora"... Uau! Fiquei sem folego.
Planejar, ou viver. Por em pratica ou deixar pra depois.
É, a medida que for descobrindo essas respostas, vou construindo um pouco mais do amanhã.
Seja sozinha, ou acompanhada (quem sabe?!).

Beijos de Lima, para quem leu. ;)

Aos 21.

As vezes me sinto velha para certas coisas, e outras jovem demais.
Me sinto velha para me rebelar, sair de casa, chutar o balde e ir atrás de um amor.
Me sinto jovem pra casar, ter filhos e viver sozinho com uma própria família. Minha família.
Me sinto velha para ser irresponsável, fazer birra, encher a cara e "pegar todo mundo". Matar aulas, tirar notas ruins e chegar atrasada.
Me sinto jovem para liderar uma equipe, falar em público, e ser o centro das atenções. Ser politicamente correta, agir sempre de forma a me destacar e criar grandes projetos.
Me sinto velha ao ganhar ursos de pelúcia e perceber que eles não tem espaço na prateleira, agora cheia de livros e maquiagem.
Me sinto jovem para usar aqueles cremes anti-idades, fazer lipoaspiração ou qualquer tipo de drenagem.
Pode parecer besteira, mas aos 21 surgem diversas dúvidas sobre como se portar diante dos outros. Ora soando infantil, ora soando antiquada. A dificuldade é encontrar a medida. Ou deixar pra lá, ser quem você é, e amadurecer na hora que tem que ser.
Se preocupando com o amanhã, mas vivendo o hoje.

Mas te juro que com 15 anos não imaginava que aos 21 eu seria o que sou hoje.

Beijos pra quem leu. ;)